quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Toda crise acaba, sempre



Por que a crise parece estar longe de acabar?
AlexKalina/Thinkstock 






 Nossa opinião é que precisamos trabalhar mais, nos valorizar e valorizar nosso país, sermos mais solidários e ter mais disposição para enfrentar a vida (Paulo)









 Sem dinheiro: o governo se vê forçado a cortar gastos e o Banco Central a manter juros altos
Irineu de Carvalho Filho, do Porque.com.br


São Paulo - O Banco Central (BC), em seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) para o mês de dezembro de 2015, não trouxe exatamente novidades. Como se tornou habitual, o índice apresentou queda em relação ao mês (de 0,5%) e ao ano (de 6,5%, uma enormidade) anteriores.

Esse índice foi desenhado como uma aproximação do PIB. Como o PIB oficial, por assim dizer, demora mais a ser publicado, podemos usar o IBC-Br como referência para projetar o PIB antes da divulgação.
Pois bem, o tal do IBC-BR indica que o PIB deve ter encolhido aproximadamente 4% ano passado.


Mas chega de números! O que isso significa?
Significa que 2015 foi um dos piores anos da história econômica republicana no Brasil. E, como 2016 não está começando bem, é muito provável que 2015/2016 seja o pior biênio da história econômica republicana no Brasil.

Vai haver aumento no desemprego, que deve passar de 12%, nível nunca dantes atingido pelas taxas de desemprego neste país. 

Muito analista, gente respeitada, já acha que podemos ver o desemprego passar desses 12%, com alguma margem antes do fim do ano.

E o que os economistas podem fazer para tirar o país desta zica?

Infelizmente, não há muito a se fazer.

Por que não?

Nos livros de economia, aprendemos que, durante uma recessão, um aumento dos gastos do governo (por exemplo, construir ligações de esgoto na periferia ou pavimentando estradas vicinais) reduz a profundidade do buraco em que a economia se meteu. 

Não é? E também aprendemos que reduções na taxa de juros podem estimular o consumidor a comprar no crediário ou o empresário a financiar a expansão de sua firma. Certo?

Mas, quando o Brasil estava vivendo a maré favorável de poucos anos atrás, nós não cortamos os gastos públicos. 

Deixamos a dívida pública se acumular. E a inflação também deixamos correr solta, acima da meta de inflação. Agora, quando a maré piorou, já não temos margem de manobra.

Com a dívida pública explodindo e os preços aumentando feito a Alemanha marcando gol no Mineirão, o governo se vê forçado a cortar gastos e o Banco Central a manter juros altos. Justo agora, que precisamos de estímulo.

Vamos então apertar os cintos e torcer para que o impacto não doa muito, já que o anestesista acabou de sair para tomar uma cachacinha.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Mudanças nos negocios



Fechamento de lojas do Walmart é reflexo de algo muito maior
Gigante não espera crescimento nas vendas neste ano, e isso pode ser uma má notícia para todo o país
Por Paula Zogbi Em 19 de fevereiro de 2016








 A gigante do varejo norte-americana Walmart afirmou que não espera nenhum crescimento significativo nas vendas para o ano fiscal de 2017, com fechamento de lojas ao redor do mundo e o fortalecimento contínuo do dólar. Em janeiro, 269 lojas foram fechadas – no Brasil, foram 60.


Mas isso não é uma exclusividade do Walmart, como mostra esta reportagem do Business Insider. A Macy’s, outra rede conhecidamente grande de varejo dos EUA, disse que fechará 40 lojas no início de 2016.

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No Brasil, 95 mil lojas foram fechadas em 2015, em partes por conta da crise econômica. Mas outro fator pode estar ajudando neste movimento: a facilidade de fazer compras sem sair de casa.

O comércio eletrônico brasileiro cresceu 22% em 2015, mesmo com crise, e uma pesquisa da Dexi mostra o foco neste mercado como uma forte tendência para 2016, bem como as compras pela internet.

“O crescimento de empresas no e-commerce como Magazine Luiza, Máquina de Vendas, Saraiva, Walmart, Renner, Centauro, Ultrafarma entre outros, deverá alterar o ranking e reduzir a participação do seleto grupo acima. Gigantes do varejo têm aumentado seus investimentos no e-commerce para fortalecer as transações de venda e a imagem das suas lojas virtuais”, afirma a pesquisa nacional.

A Amazon, ainda que tenha crescido menos que o esperado, é um dos principais responsáveis por essa migração para as compras online. O crescimento de 2015 foi de 20% em relação a 2014, com lucro de US$ 596 milhões.

Segundo o próprio Walmart, as vendas pela internet cresceram 12% no ano passado, e os investimentos neste segmento são cada vez mais expressivos. Ironicamente, esse investimento tende a fazer com que mais e mais lojas físicas sigam fechando.


Regras do ICMS fizeram com que empresas suspendessem as operações
Se liminar que suspende a obrigatoriedade para PMEs for derrubada, muitas pequenas empresas podem quebrar, afirma especialista
Por Paula Zogbi Em 19 de fevereiro de 2016 

 SÃO PAULO – Nesta quarta-feira, 17, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu uma liminar que suspende a obrigatoriedade das novas regras do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para empresas optantes do Simples Nacional.

Provisória, a medida garante um direito que, para o especialista em gestão financeira e sócio-fundador da Syhus Contabilidade Cristiano Freitas, é essencial para a sobrevivência de pequenas empresas.

“As novas regras faziam com que as empresas passassem a recolher o ICMS de partida de todos os produtos que enviassem, o que aumentou drasticamente os custos e, consequentemente, os preços dos produtos”, comenta o especialista. Isso, explica, é extremamente prejudicial para empresas menores, com menos capacidade de competição no mercado. “Tenho clientes que precisaram parar as operações por conta destas regras”, diz.

O comércio eletrônico foi o segmento mais atingido, por atuar de forma interestadual. “As empresas poderiam recolher esse imposto de duas formas: confeccionando uma guia separada a cada compra – e, nesse caso, necessitavam uma mão de obra muito grande – ou abrir inscrições estaduais pra não pagar a cada remessa, mas sim uma vez por mês – contudo, a burocracia é muito grande para fazer isso a cada estado em que um comércio atua”, explica Cristiano.

Atualmente, empresas cadastradas no Simples Nacional recolhe apenas uma guia, o que facilita no pagamento dos impostos.

Caso essa liminar não se torne uma lei complementar, que de fato altere esse sistema tributário, o retorno dessa cobrança de ICMS pelas novas regras pode ser fatal para muitas dessas pequenas empresas. “Acredito que uma diferença nos impostos possa ser adicionada dentro do imposto do Simples, mas com taxas menores. Caso contrário, tenho certeza que muitas empresas, incluindo clientes meus, serão prejudicadas diretamente e podem até fechar”.




quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Indices brasileiros preocupam



IPC-S tem alta de 1,8% na primeira prévia de fevereiro
  • 11/02/2016 09h22
  • São Paulo
Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil





O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou alta de 1,8% na primeira prévia de fevereiro, indicando aumento no ritmo de elevação em relação ao fechamento de janeiro, quando a variação atingiu 1,78%.

Saiba Mais
A apuração feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que quatro dos oito grupos pesquisados tiveram acréscimos, com destaque para o de alimentação que passou de 2,25% para 2,45%. Entre os itens que mais subiram de preços estão os produtos derivados do leite, com aumento médio de 0,36% ante 0,16%.

Em transportes, a taxa aumentou de 2,08% para 2,25% sob influência do reajuste na tarifa de táxi (de -2,02% para 0,16%). No grupo saúde e cuidados pessoais, o índice apresentou elevação de 0,65%, acima da variação passada (0,59%) , puxado pelos artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,16% para 0,08%). Em vestuário, o IPC-S passou de 0,19% para 0,40%. Nesse caso, o reflexo da alta foram as roupas (de 0,11% para 0,30%).

Nos demais grupos ocorreram decréscimos: educação, leitura e recreação (de 5,08% para 4,23%); habitação (de 1,21% para 1,11%); despesas diversas (de 1,64% para 1,60%); e comunicação (de 0,72% para 0,69%).

Os itens que mais contribuíram para a alta do IPC-S foram: tomate (25,03%); curso de ensino superior (6,39%); curso de ensino fundamental (8,75%); tarifa de eletricidade residencial (1,71%). Os que mais ajudaram a conter o avanço foram: perfume (-1,05%); automóvel usado (-0,77%); vestido e saia (-0,70%); leite em pó (-1,07%) e sapato feminino (-0,79%).
Edição: Graça Adjuto