segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A confiança desconhecida


Moody’s diz que presidente eleito deve criar mais confiança no mercado
Agência de risco vê falta de clareza e Congresso fragmentado
Publicado em 29/10/2018 - 16:34
Por Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil São Paulo






A agência de classificação de risco Moody’s Investors Service avaliou que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve criar mais confiança entre os investidores e reduzir a volatilidade cambial, mas advertiu que “um Congresso fragmentado ainda representa um risco para as reformas”.

De acordo com o relatório da Moody’s, falta maior clareza quanto à definição de como será a condução da gestão pública e da economia. Também associa essa indefinição aos desafios a serem enfrentados no próximo ano em relação ao gasto fiscal, reforma da Previdência e o apoio político no Congresso.

“Apesar de Bolsonaro não ter articulado integralmente a sua agenda para a política econômica, os investidores têm a percepção de que ele provavelmente buscará políticas pró-mercado, beneficiando vários setores da economia”, afirma a vice-presidente da Moody´s, Samar Maziad.


A economista adverte que a capacidade de uma coalização em torno das reformas ainda não foi testada. Em sua análise, o novo governo terá dificuldades para um acordo nesse sentido. “A capacidade de sustentar o momento político favorável e o apoio do Congresso ainda precisam ser comprovados”.

O comunicado destaca ainda a previsão de recuperação econômica moderada, de melhora no mercado de trabalho e de redução nos custos do crédito. “À medida que a economia do Brasil se recupera, uma queda nas taxas de desemprego levará a uma maior disponibilidade de renda”.


Entre os agentes econômicos, especialistas avaliam que há otimismo com o futuro mandato de Jair Bolsonaro.

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Edição: Davi Oliveira



sábado, 6 de outubro de 2018

Liquidação


Banco Central decreta liquidação extrajudicial da corretora Walpires
Publicado em 05/10/2018 - 12:14
Por Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil Brasília





O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial da Walpires Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários. A corretora, em operação desde 1963, foi liquidada por “grave situação patrimonial e de liquidez”. O BC cita também “graves violações às normas legais que disciplinam a atividade da instituição, bem como a existência de prejuízos que sujeitam a risco anormal os seus credores”.

No site da corretora, há um aviso sobre o encerramento das atividades da empresa. De acordo com esse aviso, os clientes da Walpires em transações de câmbio, custódia de valores, fundos administrados e outros serviços “deverão aguardar orientações quanto aos procedimentos a serem adotados relativamente a seus interesses, o que será notificado por intermédio do site https://www.walpires.com.br/ ”.

A determinação do regime especial (intervenção e liquidação extrajudicial) ocorre quando a fiscalização do BC verifica algum tipo de problema na instituição financeira, como ausência de liquidez (recursos disponíveis), desvio de dinheiro, descumprimentos de normas ou não pagamento de obrigações.

Antes da liquidação extrajudicial, o BC faz intervenção para tentar resolver os problemas da instituição. Quando isso não é possível, é decretada a liquidação. O BC elabora, internamente, um inquérito para apurar as causas da quebra das instituições financeiras. O inquérito é enviado ao Ministério Público, que promove ações de responsabilidade contra os gestores.

Edição: Fernando Fraga