quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Déficit primario pesado



Governo Central tem pior resultado primário para setembro da história
  • 27/10/2016 15h18
  • Brasília







Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
A queda da arrecadação e o aumento de gastos obrigatórios fizeram o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrar em setembro o maior déficit primário da história para o mês. O resultado negativo no período somou R$ 25,303 bilhões, valor cerca de R$ 5 bilhões maior que o déficit de R$ 20,409 bilhões registrado em setembro do ano passado.

O déficit primário representa o resultado negativo nas contas públicas, desconsiderando o pagamento de juros. No acumulado de 2016, o déficit soma R$ 96,633 bilhões, também o pior resultado da história para os nove primeiros meses do ano.

No acumulado de 12 meses, o déficit primário totaliza R$ 190,556 bilhões. O valor é superior à meta de resultado negativo de R$ 170,5 bilhões estipulada para este ano. No entanto, a contagem em 12 meses é influenciada pela quitação de R$ 55,6 bilhões em passivos do Tesouro com bancos oficiais e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ocorrida em dezembro de 2015.

A queda da arrecadação provocada pelo agravamento da crise econômica continua a ser a principal causa do aumento do déficit primário em 2016. De janeiro a setembro, as receitas líquidas caíram 6,6%, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em relação ao mesmo período do ano passado.
Pressionadas pelos gastos obrigatórios, as despesas totais subiram 2% acima do IPCA nos nove primeiros meses do ano. Apenas em setembro, no entanto, os gastos caíram 9,2%, descontado o IPCA em relação a setembro do ano passado por causa do adiantamento do décimo terceiro salário a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Previdência
Os gastos com a Previdência Social subiram 10,4% além da inflação nos nove primeiros meses do ano. As demais despesas obrigatórias, no entanto, cresceram apenas 0,4% acima da inflação. Os gastos discricionários (não obrigatórios) caíram 6,2%, descontado o IPCA. As despesas de custeio (gasto com a manutenção da máquina pública) caíram 7,2% de janeiro a setembro.

Os investimentos – gastos com obras públicas e compra de equipamentos – somaram R$ 38,593 bilhões no acumulado do ano, recuo de 15,7% também considerando a inflação oficial. Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) totalizaram R$ 26,984 bilhões, queda de 18,2% descontada a inflação.

Os investimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida somaram R$ 4,77 bilhões, retração real de 59,7%. A queda deve-se principalmente à autorização para que a construção dos imóveis para a população de baixa renda seja financiada com recursos do FGTS, que passou a valer neste ano e diminuiu o uso de recursos do Orçamento no programa habitacional.
Edição: Luana Lourenço

sábado, 1 de outubro de 2016

Grana para infraestrutura



Empresas do Brasil e da Itália querem se unir para investir em infraestrutura





  • 01/10/2016 09h26
  • Brasília
Da Agência Brasil
Cerca de 70 empresários brasileiros e italianos se reuniram em Brasília, nesta semana, para discutir a formação de parcerias para atuação no mercado brasileiro de infraestrutura. Esse foi o primeiro passo para posteriormente fecharem novos negócios.
O evento, realizado pelo Banco do Brasil e pela Embaixada da Itália, com parceria da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) ocorreu na sede do banco  em Brasília, e contou com a participação de empresários italianos representantes de 23 grandes grupos das áreas de engenharia e construção, finanças, concessões rodoviárias e ferroviárias, além de fabricantes de equipamentos. Do Brasil, participaram representantes de 16 médias empresas, especialmente focadas nas áreas de construção e engenharia.

Segundo o Banco do Brasil, este foi o primeiro evento do gênero, em que empresários dos dois países avaliaram pilares do ambiente regulatório de concessões e possibilidades de constituir novos consórcios, para assim fazer deslanchar o Projeto Crescer, lançado recentemente pelo governo federal. A ideia é realizar eventos similares a esse com empresários de outros países.

Segundo o governo, o Projeto Crescer tem como objetivo oferecer à iniciativa privada projetos técnica e economicamente factíveis, elaborados para melhorar a qualidade do serviço prestado. Também é objetivo do programa a geração de empregos e a retomada do crescimento econômico.

De acordo com o banco, as agendas entre empresários brasileiros e italianos visaram reunir, de um lado, o conhecimento que empresas brasileiras têm do ambiente de negócios do Brasil, e a capacidade delas para atuar em todo o território nacional. Do lado italiano, o objetivo foi trazer conjunto relevante de grandes grupos com abrangência multinacional, governança, disponibilidade de capital e experiência nas áreas de concessões e parcerias público-privadas.
Edição: Graça Adjuto