domingo, 17 de julho de 2016

Alternativas na gestão pública



Espírito Santo prioriza PPPs para ampliar cobertura de saneamento básico
  • 15/07/2016 19h48
  • Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil






 
O governo do Espírito Santo está trabalhando para estender a todo o estado a cobertura de saneamento básico por meio de parcerias público privadas (PPPs). “Saneamento é respeito ao meio ambiente, mas é saúde preventiva na veia”, disse hoje (15) ao portal da Associação Comercial do Rio de Janeiro, onde participou do Almoço do Empresário, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung.

O governo capixaba está reforçando o conceito de parcerias público privadas, que une investimentos privados e públicos, na área de saneamento disse Hartung, que acrescentou que a PPP vem sendo implantada há um ano com essa finalidade no município de Serra e a experiência foi um sucesso. “Estamos ampliando nesse município e vamos universalizar a coleta e o tratamento de esgoto”.

Hartung disse que será lançado um novo edital de PPP de saneamento para o município de Vila Velha dentro de 60 dias. A capital, Vitória, foi dotada de cobertura de coleta e tratamento de esgoto na gestão passada de Hartung. Em Vila Velha, o governador disse que serão mais de R$ 630 milhões de investimentos. "Nós vamos constituir aproximadamente 600 quilômetros de rede coletora de esgoto”.

Petróleo e gás
Também na área de petróleo e gás, em que o Espírito Santo é produtor, a exemplo do Rio de Janeiro, Paulo Hartung disse estar negociando com a Petrobras a concessão do gás. A ideia é, uma vez concluída essa negociação, trazer capital privado para o setor para desenvolver o mercado de gás em todo o território do Espírito Santo.

Segundo o governador, atualmente a distribuição de gás está concentrada em poucos municípios. Ele pretende expandir, se possível, a distribuição para os 78 municípios capixabas, “trazendo também, como no saneamento, a parceria privada para desenvolvimento dessa área importante”.

Pacto federativo
Hartung defendeu a reorganização do pacto federativo do país, fazendo com que as regiões brasileiras tenham autonomia na sua auto-organização. “Não dá para você organizar um pequeno município do interior do Rio de Janeiro com as mesmas leis que você organiza a cidade do Rio ou a região metropolitana. Essa é a primeira coisa importante”.

Do mesmo modo, o governador disse que há a necessidade de a população estar consciente do que ocorre no Brasil. “O país está vivendo uma crise grave. Acho que todos nós precisamos fazer a nossa parte, estabelecer um debate sincero com a sociedade, que possa levar à reorganização das contas públicas nacionais e à retomada da confiança”.

Hartung disse que quando o Brasil obteve o bom grau de investimento (dado pelas agências internacionais de avaliação de risco), a situação interna melhorou para os brasileiros e quando perdeu essa avaliação, a vida do país piorou. “Precisamos readquirir [o grau de investimento]”. Ele disse que, para isso, só existe um caminho, que é por meio da reorganização das contas públicas nacionais, “para que o olhar do empreendedor nacional ou estrangeiro seja um olhar de confiança e ele volte a investir, gerando oportunidades, gerando emprego, rodando a máquina econômica e jogando o país para a frente”.

Edição: Fábio Massalli


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