quinta-feira, 14 de junho de 2012

Ensinar o que não se sabe




INTEGRAL CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO LTDA


2º Seminário para ISO 9001:2000    -   Dias 31/01 e 01/01  -  14 às 18hs - SEBRAE
Tema: ACREDITAR E OBTER
Texto: ENSINAR O QUE NÃO SE SABE
Autor: RUBENS ALVES                                       

Ensinar o que não se sabe
 ...e chega o momento quando o Mestre toma o discípulo pela mão, e o leva até o alto da montanha. Atrás, na direção do nascente, se vêem vales, caminhos, florestas, riachos, planícies ermas, aldeias e cidades. Tudo brilha sob a luz clara do sol que acaba de surgir no horizonte. E o mestre fala: “Por todos estes caminhos já andamos. Ensinei –lhe aquilo que sei. Já não há surpresas. Nestes cenários conhecidos moram os homens. Também eles foram meus discípulos! Dei-lhes o meu saber e eles aprenderam as minhas lições. Constroem casas, abrem estradas, plantam campos, geram filhos... Vivem a boa vida cotidiana, com suas alegrias e tristezas. Veja estes mapas!” Com estas palavras ele toma rolos de papel que trazia debaixo dos braços e os abre diante do discípulo.

“Aqui se encontra o retrato deste mundo. Se você prestar bem atenção, verá que há mapas dos céus, mapas da terra, mapas do corpo, mapas da alma. Andei por estes cenários. Naveguei, pensei, aprendi. Aquilo que aprendi e que sei, está aqui. E estes mapas eu lhe dou, como minha herança. Com eles você poderá andar por estes cenários sem medo e sem sustos, pisando sempre a terra firme. Dou –lhe o meu saber”. Aí o mestre fica silencioso, olhando dentro dos olhos do discípulo. Ele quer adivinhar o que se esconde naquele olhar. Examina seus pés. Nos pés sólidos se revela a vocação para andar pelas trilhas conhecidas. Quem sabe isto é tudo aquilo de que aquele corpo jovem é capaz! Quem sabe isto é tudo o que aquele corpo jovem deseja! Se assim for, talvez que o melhor seria encerrar aqui a lição e nada mais a dizer. Mas o Mestre não se contém e procura, nas costas do seu discípulo, prenúncios de asas – asas que ele imagina haver visto como sonho, dentro dos seus olhos. O Mestre sabe que todos os homens são seres alados por nascimento, e que só se esquecem da vocação pelas alturas quando enfeitiçados pelo conhecimento das coisas já sabidas. Ensinou o que sabia. Agora chegou a hora de ensinar o que não sabe: o desconhecido. 

Volta-se então na direção oposta, o mar imenso e escuro, onde a luz do sol ainda não chegou. “É este o seu destino. Os poetas o têm sabido desde sempre: A solidez, da terra monótona,/ parece-nos fraca ilusão./ Queremos a ilusão do grande mar,/ multiplicada em suas malhas de perigo”.(Cecília Meirelles).
“É preciso navegar. Deixando atrás as terras e os portos dos nossos pais e avós, nossos navios têm de buscar a terra de nossos filhos e netos, ainda não vista, desconhecida”. (Nietzsche).
Mas, para estas aventuras meus mapas não lhe bastam. Todos os diplomas são inúteis. E inútil todo saber aprendido. Você terá de navegar dispondo de uma coisa apenas: os seus sonhos. Os sonhos são os mapas dos navegantes que procuram novos mundos. Na busca dos seus sonhos você terá de construir um novo saber, que eu mesmo não sei... e os seus pensamentos terão de ser outros, diferentes daqueles que você agora tem.
O seu saber é um pássaro engaiolado, que pula do poleiro a poleiro, e que você leva para onde quer.Mas dos sonhos saem pássaros selvagens, que nenhuma educação pode domesticar.


Meu saber o ensinou a andar por caminhos sólidos. Indiquei-lhe as pedras firmes, onde você poderá colocar os seus pés, sem medo. Mas o que fazer quando se tem de caminhar por um rio saltando de pedra em pedra, cada pedra uma incógnita? Ah! Como são diferentes os corpos movidos pelo sonho, do corpo movido a certezas. “Sobre leves esteios o primeiro salta para diante: a esperança e o pressentimento põem asas em seus pés. Pesadamente o segundo arqueja em seu encalço e busca esteios melhores para também alcançar aquele alvo sedutor, ao qual seu companheiro mais divino já chegou. Dir-se-ia ver dois andarilhos diante de um regato selvagem, que corre rodopiando pedras: o primeiro, com pés ligeiros, salta por sobre ele, usando as pedras e apoiando-se nelas para lançar-se mais adiante, ainda que, atrás dele, afundem bruscamente nas profundezas. O outro, a todo instante detém-se desamparado, precisa antes construir fundamentos que sustentem seu passo pesado e cauteloso; por vezes isso não dá resultado e, então, não há Deus que possa auxiliá-lo a transpor o regato”.(Nietzsche). Até agora eu o ensinei a marchar. É isto que se ensina nas escolas. Caminhar com passos firmes. Não saltar nunca sobre o vazio. Nada dizer que não esteja construído sobre os sólidos fundamentos. Mas, com o aprendizado do rigor, você desaprendeu o fascínio do ousar. E até desaprendeu mesmo a arte de falar. Na Idade Média (e como a criticamos!) os pensadores só se atreviam a falar se solidamente apoiados nas autoridades. Continuamos a fazer o mesmo, embora os textos sagrados sejam outros. Também as escolas e universidades têm os seus papas, seus dogmas, suas ortodoxias. 


O segredo do sucesso na carreira acadêmica? Jogar bem a boca de forno, a aprender a fazer tudo o que seu mestre mandar... Agora o que desejo é que você aprenda a dançar. Lição de Zaratustra, que dizia que para se aprender a pensar é preciso primeiro aprender a dançar. Quem dança com as idéias descobre que pensar é alegria.Se pensar lhe dá tristeza é porque você só sabe marchar, como soldados em ordem unida. Saltar sobre o vazio, pular de pico em pico. Não ter medo da queda. Foi assim que se construiu a ciência: não pela prudência dos que marcham, mas pela ousadia dos que sonham. Todo conhecimento começa com sonho. O conhecimento nada mais é que a aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada. Mas sonhar é coisa que não se ensina. Ele brota das profundezas do corpo, como a água brota das profundezas da terra. Como Mestre só posso então lhe dizer uma coisa: “Conte-me os seus sonhos, para que sonhemos juntos!”








Parauapebas, 29/01/03.


Texto compilado e selecionado por Paulo Souza – Consultor Sistema Qualidade
ISO 9001: 2000

sexta-feira, 27 de abril de 2012

AGUAPLAST – PORQUE RECICLAR É SOBREVIVER!


O Projeto RECIGLAGEM DE PLASTICOS
Em Parauapebas, ali perto da Palmares II, ocorre um fenomeno ambiental. Uma empresa, com um grande e revolucionário projeto de coleta seletiva e de produção de dormentes, mourões, caixas de testemunho e protetores de plástico. Um projeto de 21 milhoes de reais, formatado pela EXCLUSIVA CONSULTORIA e KIBUTZ EMPREENDIMENTOS.
Pegar o plastico descartado na natureza e nas cidades, qualquer plástico, que em condições naturais levaria até 400 anos para se degradar e transformá-lo em algo util e duravel. Este é a ideia de Gabriel, empreendedor que ja atua nas areas de marcenaria e fabricação de garrafas, sacolas e
artigos de plastico reciclado.


VISITA DA VALE AS INSTALAÇÕES DO PROJETO RECICLAR











2.1 - Objetivos, Metas e Fundamentação

Trata-se de um projeto de expansão, modernização de ativos  e inovação. Porque tres frentes de atividades simultaneas? Porque: ja estao instalados dois parques,  ambos que pequena  capacidade de produção mas com conhecimentos especificos e capacidade gerencial e administrativa testados. Estamos no mercado ha 20 anos, sempre atuando de forma consistente e inovando. Uma unidade em Parauapebas, produz as caixas de testemunho em madeira, cujo comprador principal é a industria de mineração. A outra unidade em Imperatriz/Ma produz reciclados de plástico e fornece principlamente a industria de material de limpeza de Belem/Pa. O plastico é peletizado em Imperatriz, retornando a Parauapebas e vendido. Quando da instalação do projeto, será feito tudo aqui. Temos expertise e queremos ampliar nossa capacidade.
Entendemos  a atividade de reciclagem como essencial para o ecossistema da região amazonia, onde nos inserimos e estamos funcionando ha muitos anos. Nossa atividade atual em Imperatriz é um importante e significativo destino para o plastico descartado em toda a regiao, utilizamos inclusive plastico oriundo do interior do Pará, devido nossa produção ter destino certo. Colaboramos com o meio ambiente, retirando do mesmo o plástico. Ao retornar como outro produto util e duravel, acrestamos outro valor. Inventamos novos produtos tais como mourões de cerca, dormentes de trilhos, caixas plásaticas para guarda de materiais diversos. Nossos produto  encontram-se em processo de regisro no INPE e sua utilização irá substituir as caixas de testemunho de madeira que produzimos em Parauapebas. É uma atividade que exige o uso de madeira nativa, com o qual vamos parar.
Duplamente nossa atividade é colaborativa ao meio ambiente e solicitamos as entidades, governo, bancos e todos que lutam por sua preservação, atenção especial ao nosso pleito. De um lado, evitamos o corte de mais arvores, deixando de produzir as caixas de madeira e por outro ja retiramos o danoso plastico do meio ambiente, tratando-o e trasnformando-o em novo produto. Nao um novo produto qualquer, mas caixas de testemunho, que ficarao guardadas nos laboratórios das mineradoras. Todas precisam destas caixas, servem para a aguarda das provas da pesquisa e produção de minerio. Os dormentes e mourões duram uma eternidade sob trilhos e em cercas de fazendas e outras utilidades.
Nossas metas sao claras e concisas: reduzir a zero a produção as caixas de madeiras e, 12 meses e aumentar em 100% a produção das caixas de material plastico reciclado em 12 meses. Os ganhos de qualidade sao todos para o meio ambiente e para as empresas. Hoje as caixas de madeira alem de esteticametne inferiores, sao sujeitas a quebras, acidentes e produção de muito rejeito nas marcenarias, restando muito pó, entulho e pedaços nao aproveitáveis.  O consumo de energia e a ocupação de pessoal, alem do abate de milhares de arvores para sua produção serão substituidos por um produdto que faz caminho inverso. Utilização de mao de obra com melhor formação, menos gasto energetica e baixa pouluição. Alem da limpeza ambiental. Para se ter uma ideia do tamanho desta proposta, com o projeto atual implantado, em tres anos, estaremos utilizando 680 milhoes de quilos de plastico descartado. Isto é a produção de 90% do rejeito do interior do Pará e parte do Maranhão.
Serao gerados 200 empregos diretos e 1000 indiretos. Catatores organizados em cooperativas ou avulsos terao onde entregar seu produto por um preço justo e dentro de um projeto de melhoria de vida, impactarão toda a regiao do  projeto.
O insumos principal, o plastico, encontra-se abundante na “natureza”. Esquema especial para a coleta na dimensao que demanda o projeto foi estruturado sua logistica e estamos testando com nossa atividade atual. Ha material e ha trabalhadores para sua coleta e venda.
O impacto ambiental e social sao amplos e impressionantes. Nas duas frentes vamos colaborar com a natureza e o meio ambiente.