Moody’s
diz que presidente eleito deve criar mais confiança no mercado
Agência de risco vê falta de clareza e Congresso
fragmentado
Publicado
em 29/10/2018 - 16:34
Por Marli
Moreira - Repórter da Agência Brasil São Paulo
A agência de classificação de
risco Moody’s Investors Service avaliou que o presidente eleito, Jair
Bolsonaro, deve criar mais confiança entre os investidores e reduzir a
volatilidade cambial, mas advertiu que “um Congresso fragmentado ainda
representa um risco para as reformas”.
De acordo com o relatório da
Moody’s, falta maior clareza quanto à definição de como será a condução da
gestão pública e da economia. Também associa essa indefinição aos desafios a
serem enfrentados no próximo ano em relação ao gasto fiscal, reforma da
Previdência e o apoio político no Congresso.
“Apesar de Bolsonaro não ter
articulado integralmente a sua agenda para a política econômica, os
investidores têm a percepção de que ele provavelmente buscará políticas
pró-mercado, beneficiando vários setores da economia”, afirma a vice-presidente
da Moody´s, Samar Maziad.
A economista adverte que a
capacidade de uma coalização em torno das reformas ainda não foi testada. Em
sua análise, o novo governo terá dificuldades para um acordo nesse sentido. “A
capacidade de sustentar o momento político favorável e o apoio do Congresso
ainda precisam ser comprovados”.
O comunicado destaca ainda a
previsão de recuperação econômica moderada, de melhora no mercado de trabalho e
de redução nos custos do crédito. “À medida que a economia do Brasil se recupera,
uma queda nas taxas de desemprego levará a uma maior disponibilidade de renda”.
Entre os agentes econômicos, especialistas avaliam que há otimismo
com o futuro mandato de Jair Bolsonaro.
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Edição: Davi
Oliveira