Número de
novos investidores no Tesouro Direto bate recorde em março
- 20/04/2016 18h40
- Brasília
Wellton
Máximo – Repórter da Agência Brasil
Programa de venda de títulos
públicos a pessoas físicas, o Tesouro Direto atraiu número recorde de
investidores em março. Segundo balanço divulgado hoje (20) pelo Tesouro
Nacional, 33.456 participantes aderiram à modalidade de investimento no mês
passado, maior procura mensal desde a criação do programa, em 2002.
O total de investidores
cadastrados no Tesouro Direto soma 708.711, o que representa incremento de
46,3% apenas nos últimos 12 meses. No mês passado, as vendas de títulos
públicos pela internet somaram R$ 1,75 bilhão. O montante é o segundo maior do
ano, perdendo apenas para janeiro: R$ 1,848 bilhão. O recorde histórico foi
registrado em maio do ano passado, quando as vendas tinham totalizado R$ 2,411
bilhões.
No mês passado, os títulos mais
vendidos foram os corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), que mede a inflação oficial. Esses papéis concentraram 60% das vendas.
Em segundo lugar, vieram os
papéis vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), que responderam por
27% das vendas, e, em terceiro, os títulos prefixados (com juros definidos
antecipadamente), que responderam por 13% das vendas. Os investimentos de menor
valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de
R$ 5 mil concentraram 66,7% do volume aplicado no mês.
Com o resultado de março, o
estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 4,7% em relação a
fevereiro, alcançando R$ 29,3 bilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o
Tesouro resgatou R$ 748 milhões. A variação do estoque representa a diferença
entre as vendas e os resgates mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre
os títulos.
O Tesouro Direto foi criado em
janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas
físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet,
sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa
à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser
obtidas no site do Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das
formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar
compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com
um adicional, que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação ou uma
taxa definida antecipadamente.
Edição: Nádia
Franco