SEGURA
A MANADA
A
queda do Yuan abala as bolsas do mundo.
Longamente
aguardado por quase todos os especialistas e agentes do mercado, finalmente o governo chinês desvalorizou o Yuan. A queda das bolsas
chinesas e recorrentes comentários sobre a insustentabilidade do modelo chinês,
sinalizando a cada dia mais esgotamento, fizeram com que esta queda não
surpreendesse tanto. Mas abalou, é imenso o estrago.
Wall
Street e os mercados asiáticos sofreram muita dor e perda ontem. Hoje é a vez
das bolsas europeias e americanas.
Há
perdas de 1,8% no Stoxx, após queda de 1,55% na terna – dia do anuncio da maior
desvalorização do yuan em 20 anos.
O
procedimento das autoridades chinês foi
mudar o cambio em relação ao dólar de 6,1162 para 6,2298, com
significativo queda do valor. Antes desse ajuste, a maior desvalorização tinha
sido de 0,16%, há vinte anos.
Em
consequência, o yuan perde quase 2%, chegando ao valor mais baixo dos últimos
quatro anos.
O
banco central chinês tomou uma decisão que agradou a comissão europeia e o FMI.
Os investidores é que estão apavorados. Presume-se que a segunda maior econômica
do mundo esta em franco processo de desaceleração. Um crescimento de 7% nos
últimos trimestres assustam o mercado por ser baixo, em se tratando de economia
chinesa. "O mercado pode interpretar
esta mensagem como [o reflexo] de que a economia chinesa se está a comportar
tão mal como apontam algumas das avaliações mais pessimistas", sublinhavam
ontem os analistas do Citigroup, citados pelo Financial Times.
Na Ásia, o mercado opera em baixa e na Europa
há fortes quedas. No Japão, há perdas de 1,58% e 1,29%. Xangai esta perdendo
1,06. Na Alemanha, o índice DAX recua 2,04%. E na Espanha o Ibex desce 1,59%.
A os investidores fogem da China, se
resguardando com o ouro ou outros
ativos.
Comentários
da Comissão Europeia e do FMI: "Como
princípio, a Comissão Europeia crê que o valor de qualquer moeda deve ser
determinado por fundamentos económicos", afirmou esta terça-feira a
porta-voz da Comissão Europeia, Annika Breidthardt. Bruxelas considera que esta
medida vai permitir que a "taxa diária possa refletir melhor o equilíbrio
entre oferta e procura no mercado de divisas".
"se esforça para dar às forças do
mercado um papel decisivo na economia e se está a integrar rapidamente nos
mercados financeiros globais". "Acreditamos que a China pode - e deve
- tratar de conseguir um sistema de câmbio que flutue de forma eficaz entre
dois e três anos", indicou o organismo.
Fonte:
jornal de negócios, pt.