quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Mundo financeiro abalado. Avalanche de perdas.

SEGURA A MANADA
A queda do Yuan abala as bolsas do mundo.








Longamente aguardado por quase todos os especialistas e agentes do mercado, finalmente  o governo  chinês desvalorizou o Yuan. A queda das bolsas chinesas e recorrentes comentários sobre a insustentabilidade do modelo chinês, sinalizando a cada dia mais esgotamento, fizeram com que esta queda não surpreendesse tanto. Mas abalou, é imenso o estrago.

Wall Street e os mercados asiáticos sofreram muita dor e perda ontem. Hoje é a vez das bolsas europeias e americanas.

Há perdas de 1,8% no Stoxx, após queda de 1,55% na terna – dia do anuncio da maior desvalorização do yuan em 20 anos.

O procedimento das autoridades chinês foi  mudar o cambio em relação ao dólar de 6,1162 para 6,2298, com significativo queda do valor. Antes desse ajuste, a maior desvalorização tinha sido de 0,16%, há vinte anos.

Em consequência, o yuan perde quase 2%, chegando ao valor mais baixo dos últimos quatro anos.

O banco central chinês tomou uma decisão que agradou a comissão europeia e o FMI. Os investidores é que estão apavorados. Presume-se que a segunda maior econômica do mundo esta em franco processo de desaceleração. Um crescimento de 7% nos últimos trimestres assustam o mercado por ser baixo, em se tratando de economia chinesa. "O mercado pode interpretar esta mensagem como [o reflexo] de que a economia chinesa se está a comportar tão mal como apontam algumas das avaliações mais pessimistas", sublinhavam ontem os analistas do Citigroup, citados pelo Financial Times.

Na Ásia, o mercado opera em baixa e na Europa há fortes quedas. No Japão, há perdas de 1,58% e 1,29%. Xangai esta perdendo 1,06. Na Alemanha, o índice DAX recua 2,04%. E na Espanha o Ibex desce 1,59%.

A os investidores fogem da China, se resguardando  com o ouro ou outros ativos.
Comentários da Comissão Europeia e do FMI:  "Como princípio, a Comissão Europeia crê que o valor de qualquer moeda deve ser determinado por fundamentos económicos", afirmou esta terça-feira a porta-voz da Comissão Europeia, Annika Breidthardt. Bruxelas considera que esta medida vai permitir que a "taxa diária possa refletir melhor o equilíbrio entre oferta e procura no mercado de divisas".
 "se esforça para dar às forças do mercado um papel decisivo na economia e se está a integrar rapidamente nos mercados financeiros globais". "Acreditamos que a China pode - e deve - tratar de conseguir um sistema de câmbio que flutue de forma eficaz entre dois e três anos", indicou o organismo.

Fonte: jornal de negócios, pt.