segunda-feira, 31 de maio de 2021

estudo em serrana da coronavac diz que pandemia pode ser controlada .

 Caixas com vacinas experimentais contra Covid-19 da Sinovac em Pequim. coronavacEstudo da CoronaVac em Serrana mostra que pandemia pode ser controlada

O estudo feito com a vacina CoronaVac na cidade de Serrana, no interior paulista, demonstrou que, com 75% da população vacinada, a pandemia do novo coronavírus pode ser controlada. O dado foi apresentado hoje (31) em entrevista coletiva no Instituto Butantan, um dos fabricantes da vacina.

“O estudo indica que com 75% da população imunizada com duas doses da vacina, a pandemia foi controlada em Serrana e isso pode se reproduzir em todo o Brasil”, disse João Doria, governador de São Paulo.

A CoronaVac é uma vacina contra a covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac e pelo Instituto Butantan e faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A vacina é aplicada em duas doses.

estudo, chamado de Projeto S, teve início no dia 17 de fevereiro e o objetivo era vacinar toda a população adulta da cidade para avaliar a efetividade da CoronaVac. Serrana tem cerca de 45 mil habitantes, dos quais 38% são menores de 18 anos, que ainda não podem ser vacinados por falta de estudos clínicos para essa faixa etária.

O Projeto S previa vacinar 28.380 adultos com mais de 18 anos que vivem na cidade. Desse total populacional, 97,7% tomaram a primeira dose do imunizante [o que corresponde a 27.722 pessoas] e 95,7% completaram seu esquema vacinal, tomando também a segunda dose [27.160 pessoas].

Serrana foi escolhida porque apresentava alto índice de prevalência de infecções por covid-19, além de estar perto de um centro universitário e ter um hospital regional. Para o estudo, a cidade foi dividida em quatro áreas, que foram vacinadas com uma semana de diferença entre elas. A primeira área a ser vacinada, definida por sorteio, foi a verde, seguida pela área amarela, cinza e azul.

Com o fim da vacinação em massa, a cidade viu reduzir em 95% o número de mortes por covid-19. Já o número de casos sintomáticos da doença caiu 80%. E a quantidade de hospitalizações teve uma queda de 86%.

Segurança

Além da efetividade, o estudo também apresentou dados sobre segurança, ou seja, se a vacina produz efeitos adversos nas pessoas que a tomam.

Segundo Marcos Borges, diretor do Hospital Estadual de Serrana, durante a vacinação em Serrana foram observados 67 eventos adversos graves, nenhum deles relacionado à vacina. Nesse estudo, todos os eventos adversos graves que ocorrem após a vacinação são relatados. Entre eles, Borges citou acidentes de trânsito.

Após a primeira dose, foram observadas 4,4% de reações adversas, sendo somente 0,02% considerados de grau 3, como mialgia ou cefaleia. Já após a segunda dose ocorreram 0,2% de relatos de reações adversas, nenhuma de grau 3.

Entre a aplicação da primeira e segunda doses, ocorreram 15 internações e cinco mortes entre as pessoas com idade acima de 60 anos e 28 internações e dois óbitos na população abaixo de 60 anos. Até 14 dias da aplicação da segunda dose, ocorreram duas internações e um óbito na população acima de 60 anos e três internações na população abaixo dos 60 anos. Passados mais de 14 dias da aplicação da segunda dose, esses números caíram para duas internações na população até 60 anos. Não houve registro de internações ou mortes de pessoas acima de 60 anos passados 14 dias da vacinação.

Proteção dos não-imunizados

A pesquisa mostrou ainda que a vacinação protege tanto os adultos imunizados quanto crianças e adolescentes que não receberam a vacina. Segundo o estudo, a imunização gerou uma espécie de cinturão imunológico em Serrana, reduzindo drasticamente a transmissão do coronavírus no município.

“A redução de casos em pessoas que não receberam a vacina indica a queda da circulação do vírus. Isso reforça a vacinação como uma medida de saúde pública, e não somente individual”, falou Ricardo Palácios, diretor de pesquisa clínica do Instituto Butantan.

“Crianças e adolescentes menores de 18 anos não poderiam tomar a vacina por falta de estudos. Mas houve redução dos casos também em crianças. Não vimos, nesse estudo, o efeito de empurrar o aumento de casos para os não vacinados. O que vimos foi proteção também para eles”, disse Palácios. Isso indicaria, segundo ele, que não será necessário vacinar as crianças, neste momento, para o retorno das atividades escolares presenciais.

Outro efeito observado no estudo, segundo ele, foi a diminuição de casos inclusive entre os idosos não-vacinados. “O efeito da vacina é tão forte que consegue proteger até aqueles que não foram vacinados, mesmo nas faixas etárias mais avançadas. E, quando acabamos a vacinação, acabaram casos de hospitalizações e óbitos entre os vacinados. E ainda conseguimos controlar também entre os casos não vacinados, não importando faixa etária. Isso nos traz esperança e alegria”, disse Palácios.

Por isso, disse ele, não é importante oferecer uma terceira dose de vacina aos idosos neste momento como tem sido cogitado. O que o estudo deixa claro é que é importante aumentar o número de vacinados para que os idosos também tenham mais proteção contra a doença. “Temos que aumentar a escala de vacinação para ofertar aos idosos os benefícios indiretos da vacinação [em vez de aumentar doses]”, disse Palácios.

Cidades vizinhas

Serrana está dentro de uma região que, neste momento, enfrenta elevação no número de casos e de internações. Há cidades nessa região que tiveram recentemente que decretar lockdown, com fechamento de comércio e proibição de circulação de pessoas.

Mas a incidência da covid-19 em Serrana foi bem menor do que nas cidades vizinhas. Enquanto a região apresenta alta nos casos de covid-19, Serrana manteve taxas baixas de contágio graças à vacinação. Mesmo com cerca de 10 mil moradores que transitam por outras cidades diariamente, ela alcançou um cenário de controle da pandemia. “Sem vacinação, talvez Serrana hoje estaria em colapso”, disse Palácios.

Apesar disso, a cidade ainda não vai liberar o comércio ou permitir que as pessoas circulem nas ruas sem máscaras. “Ela [Serrana] não pode dar um passaporte verde só porque participou de estudo e as pessoas foram vacinadas. É preciso tomar os mesmos cuidados vigentes. O fato de ter esse resultado de vacinação, vai ajudar lá na frente, no plano de flexibilização. Por enquanto, ela segue em obediência ao Plano São Paulo”, disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

Segundo Covas, esse estudo não foi encerrado: a cidade de Serrana vai continuar sendo monitorada pelo prazo de um ano.

Variantes

Segundo Palácios, a vacinação em massa em Serrana não provocou o surgimento de novas variantes na cidade. E, a vacina, segundo ele, se mostrou efetiva com relação à variante P.1, que surgiu em Manaus e que é a mais predominante na região onde Serrana está inserida. “Todos esses dados que estamos demonstrando de efetividade são resultados que ocorrem na vigência de uma pandemia predominantemente pela variante P.1. E isso é reconfirmação de que a vacina é efetiva em relação a essa variante P.1”, disse ele.

“Podemos sonhar com o controle da pandemia. Mas as pessoas devem parar de pensar na pandemia como um problema individual. É a comunidade que vai me proteger; é a somatória da minha vacinação com a vacinação do outro [que vai controlar a pandemia]”, explicou Palácios.

O detalhamento da pesquisa está disponível na página na internet. Os dados, segundo Dimas Covas, ainda serão publicados em uma revista científica para avaliação dos pares.

Um outro estudo, semelhante a este, está sendo desenvolvido na cidade paulista de Botucatu, com a vacina Oxford/AstraZeneca/Fiocruz.

Noticias:https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-05/estudo-da-coronavac-em-serrana-mostra-pandemia-foi-controlada

sexta-feira, 28 de maio de 2021

como esta a vacinação da covid-19 no brasil!

 Veja como está a vacinação contra a Covid-19 no Brasil


Veja como está a vacinação contra a Covid-19 no Brasil

27,3% da população adulta já foi vacinada com a 1ª dose

vacinação contra a Covid-19 está avançando pelo país, em ritmo lento, mas com alguns brasileiros já totalmente imunizados. Veja como está a vacinação contra a Covid-19 no Brasil: 

· 43.936.007 pessoas vacinadas com a 1ª dose / 27,3% da população adulta vacinada com a 1ª dose

· 21.634.953 pessoas vacinadas com a 2ª dose / 13,45% da população adulta vacinada com a 2ª dose

Estado: 1ª dose - 2ª dose

· Mato Grosso do Sul - 36,6% - 17,0%

· Rio Grande do Sul - 33,8% - 16,1%

· Espírito Santo - 30,8% - 13,1%

· São Paulo - 30,7% - 15,5%

· Bahia - 29,2% - 13,5%

· Minas Gerais - 28,5% - 14,0%

· Paraíba - 27,9% - 14,3%

· Alagoas - 27,7% - 11,5%

· Paraná - 27,2% - 12,7%

· Santa Catarina - 26,5% - 15,5%

· Amazonas - 26,4% - 13,0%

· Distrito Federal - 26,4% - 13,5%

· Sergipe - 26,2% - 11,2%

· Rio Grande do Norte - 25,5% - 11,9%

· Goiás - 25,4% - 13,4%

· Piauí - 24,4% - 11,7%

· Maranhão - 23,9% - 12,4%

· Pernambuco - 23,9%- 10,6%

· Ceará - 23,7% - 14,1%

· Mato Grosso - 22,9% - 10,8%

· Pará - 22,3% - 11,0%

· Rio de Janeiro 21,8% - 11,9%

· Tocantins - 21,7% - 10,2%

· Acre - 21,6% - 8,4%

· Amapá - 21,2% - 9,9%

· Roraima - 19,3% - 12,5%

· Rondônia - 17,5% - 9,9%

 Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/1808373/2-veja-como-esta-a-vacinacao-contra-a-covid-19-no-brasil

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Projeção do Focus para PIB de 2020 passa de -4,41% para -4,40%

 Projeção do Focus para PIB de 2020 passa de -4,41% para -4,40%

Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 4,55% 

Projeção do Focus para PIB de 2020 passa de -4,41% para -4,40%

Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 4,41% para queda de 4,40%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 4,55%. 


Para 2021, o mercado financeiro alterou a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,50% para 3,46%. Quatro semanas atrás, estava em 3,40%. 


No Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2020 seguiu em baixa de 5,00%. Há um mês, estava em baixa de 5,04%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 5,00%, ante 4,53% de quatro semanas antes. 


A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 65,70% para 65,20%. Há um mês, estava em 67,00%. Para 2021, a expectativa foi de 67,01% para 67,00%, ante 69,10% de um mês atrás. 


Déficit primário 


O Relatório de Mercado Focus trouxe, ainda, alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano foi de 11,50% para 11,00%. No caso de 2021, passou de 2,90% para 3,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 11,80% e 3,00%, respectivamente. 


Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 foi de 15,20% para 15,00%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, seguiu em 7,00%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 15,51% e 6,60%, nesta ordem. 


O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros. 


Os avanços nas projeções nos últimos meses refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do novo coronavírus, o País terá um cenário fiscal ainda mais difícil. 


Balança comercial 


Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020, de superávit comercial de US$ 57,63 bilhões para US$ 56,15 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 57,73 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit foi de US$ 56,50 bilhões para US$ 55,10 bilhões. Há um mês, também estava em US$ 55,10 bilhões. 


No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 4,45 bilhões para US$ 4,60 bilhões, ante US$ 3,80 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 17,00 bilhões para US$ 17,40 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 18,50 bilhões. 


Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 passou de US$ 41,30 bilhões para US$ 40,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 45,00 bilhões. Para 2021, a expectativa permaneceu em US$ 60,00 bilhões, igual a um mês antes. 



Noticia: Noticias ao Minuto

 

 

 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Bate recorde a Captação da poupança para meses de outubro




Bate recorde a Captação da poupança para meses de outubro

Depósitos superaram saques em R$ 7,02 bilhões no mês passado, diz BC

Aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros, a caderneta de poupança continuou a atrair o interesse em meio à pandemia provocada pelo novo coronavírus (covid-19). No mês passado, os investidores depositaram R$ 7,02 bilhões a mais do que retiraram da aplicação, informou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Em outubro do ano passado, os brasileiros tinham sacado R$ 247,25 milhões a mais do que tinham depositado.

O resultado de outubro é o maior já registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1995. Com o resultado do mês passado, a poupança acumula entrada líquida de R$ 144,23 bilhões nos dez primeiros meses do ano.

A captação líquida (diferença entre depósitos e retiradas) caiu pela metade em relação a setembro, quando os investidores tinham depositado R$ 13,22 bilhões a mais do que tinham sacado. No entanto, outubro é tradicionalmente um mês em que os brasileiros retiram recursos da poupança. Desde 2015, o mês registrava captação líquida negativa.

A aplicação começou o ano no vermelho. Em janeiro e fevereiro, os brasileiros retiraram R$ 15,93 bilhões a mais do que depositaram. A situação começou a mudar em março, com o início da pandemia da covid-19, quando os depósitos passaram a superar os saques.

O interesse dos brasileiros na poupança se mantém apesar da recuperação da bolsa de valores nos últimos meses. Nos dois primeiros meses da pandemia, as turbulências no mercado financeiro fizeram investidores migrar para a caderneta. As oscilações do Tesouro Direto em outubro também ajudaram a atrair investidores para a segurança da caderneta, mesmo o rendimento sendo menor.

Rendimento

Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança atraiu mais recursos mesmo com os juros básicos em queda. Com as recentes reduções na taxa Selic e o repique nos preços de diversos alimentos, o investimento está rendendo menos que a inflação.

Nos 12 meses terminados em outubro, a aplicação rendeu 2,46%, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) atingiu 3,92%. O IPCA de outubro foi divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para este ano, o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, prevê inflação oficial de 3,02% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com a atual fórmula, a poupança renderia 1,4% este ano, caso a Selic de 2% ao ano estivesse em vigor desde o início do ano. No entanto, como a taxa foi sendo reduzida ao longo dos últimos meses, o rendimento acumulado será um pouco maior.

Histórico

Até 2014, os brasileiros depositaram mais do que retiraram da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrir dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.

Em 2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$ 17,12 bilhões, e em 2018, com captação líquida de R$ 38,26 bilhões. Em 2019, a poupança registrou captação líquida de R$ 13,23 bilhões.

Edição: Valéria Aguiar